A alegria é expansiva, ela avigora a circulação, aquece, dá calor ao corpo, anima e robustece o organismo, mantém a saúde, prolonga a vida. A tristeza, ao contrário, é reconcentrada; ela retarda a circulação, arrefece, tira calor ao corpo, desanima e enfraquece o organismo, arruína a saúde, encurta a vida. Mas, como os extremos se tocam, e todo o excesso é mau, se a deprimente tristeza é funesta à existência, a alegria, quando excessiva, materializada, nada racional, não o é menos, pode até fulminar. Por Dr. Antonio Pinheiro Guedes - livro Ciência Espírita.

O livre arbítrio é o fundamento da moral - Por Dr. Antônio Pinheiro Guedes

O livre arbítrio é à vontade, esclarecida pela razão, perante a consciência.

Alguns filósofos — os deterministas, os fatalistas, os materialistas — negam o livre arbítrio; os primeiros, fazem da criatura humana um autômato, um animalejo sob a ação das forças externas; os segundos, a reduzem às condições dos corpos brutos, inorgânicos, sobre os quais operam sem contraste, as forças da natureza; os últimos, considerando a alma uma simples função cerebral, nem ao menos lhe reconhecem  individualidade.

Esquecem-se: aqueles de que a alma humana é um ser inteligente, dotado de atividade; os materialistas fingem ignorar aquilo que se passa em si mesmos. Todos eles não se lembram de que, negando o livre arbítrio eliminam a responsabilidade moral; reduzem a criatura humana às condições do bruto.

O livre arbítrio é a origem do mérito; ele é, portanto, fundamento da moral.

Termina aí o ciclo evolutivo da força psíquica.

Pela sensibilidade ela recebe as impressões do mundo externo; pela inteligência, as compreende; pela vontade, age e reage, opera, produz, cria; pela razão, perscruta o Infinito; pela consciência se esclarece; pelo livre arbítrio, determina o seu destino.

O livre arbítrio é o fundamento da moral - Por Dr. Antônio Pinheiro Guedes

Fonte: Livro Ciência Espírita