A alegria é expansiva, ela avigora a circulação, aquece, dá calor ao corpo, anima e robustece o organismo, mantém a saúde, prolonga a vida. A tristeza, ao contrário, é reconcentrada; ela retarda a circulação, arrefece, tira calor ao corpo, desanima e enfraquece o organismo, arruína a saúde, encurta a vida. Mas, como os extremos se tocam, e todo o excesso é mau, se a deprimente tristeza é funesta à existência, a alegria, quando excessiva, materializada, nada racional, não o é menos, pode até fulminar. Por Dr. Antonio Pinheiro Guedes - livro Ciência Espírita.

O espírito escolhe seus pais antes de nascer - Por Dr. Antônio Pinheiro Guedes

Sabe-se hoje; e isso é racional, cala na consciência, sente-se que deve ser assim: é o próprio espírito quem escolhe, após demorado estudo na vida espírita — durante a desencarnação — e busca, segundo suas necessidades — de ordem moral e intelectual —, o país, a sociedade, a família, os seus genitores, tudo enfim quanto deva e possa concorrer para o seu progresso.

Assim é ele o principal, senão o único responsável pelas contingências, pelas vicissitudes e dificuldades que o assoberbam durante a vida corpórea.

Por esse modo admite-se que o espírito possa transmitir; aceita-se, porque é compreensível, que ele imprime em seu corpo, igualmente com o tipo e a forma, sua feição característica, suas tendências morais e intelectuais, dando mais desenvolvimento ora aos centros afetivos, ora àqueles que servem a inteligência; de onde resulta a diferença de caráter, de gênio e de temperamento que se observa nos indivíduos, desde a infância.

Assim se explicam e se compreendem as vocações; a maior ou menor habilidade para as belas-artes ou para as artes mecânicas; e o porquê se diz, e é exato, que a criatura nasce músico, poeta, artista, comerciante, soldado, advogado ou médico.

Resulta desse fato, provém daí a importância do papel da família na sociedade; e a responsabilidade social dos genitores, a quem incumbe educar a prole; constituindo o fim principal da educação reprimir, ou ao menos, modificar as tendências perniciosas dos filhos, que cedo se revelam; e encorajar e desenvolver as benéficas.

O espírito escolhe seus pais antes de nascer - Por Dr. Antônio Pinheiro Guedes

Fonte: Livro Ciência Espírita – Dr. Antônio Pinheiro Guedes