Sabe-se hoje; e isso é racional, cala na consciência, sente-se que deve ser assim: é o próprio espírito quem escolhe, após demorado estudo na vida espírita — durante a desencarnação — e busca, segundo suas necessidades — de ordem moral e intelectual —, o país, a sociedade, a família, os seus genitores, tudo enfim quanto deva e possa concorrer para o seu progresso.
Assim é ele o principal, senão o único responsável pelas contingências,
pelas vicissitudes e dificuldades que o assoberbam durante a vida corpórea.
Assim se explicam e se compreendem as vocações; a maior ou
menor habilidade para as belas-artes ou para as artes mecânicas; e o porquê se diz,
e é exato, que a criatura nasce músico, poeta, artista, comerciante, soldado,
advogado ou médico.
Resulta desse fato, provém daí a importância do papel da família na sociedade; e a responsabilidade social dos genitores, a quem incumbe educar a prole; constituindo o fim principal da educação reprimir, ou ao menos, modificar as tendências perniciosas dos filhos, que cedo se revelam; e encorajar e desenvolver as benéficas.
Fonte: Livro Ciência Espírita – Dr. Antônio Pinheiro Guedes